quarta-feira, 10 de novembro de 2010

As mudanças que afetam a população do campo
Hoje tá cada vez mais difícil encontrar jovens em idade de trabalho na zona rural. Depois que o nível escolar aumentou, junto com ele as expectativas dos jovens de conseguirem empregos nas cidades e abandonarem os sítios para os pais e avós que têm mais dificuldade de se adaptarem a vida urbana. O governo só mais recentimente percebeu que se não começasse a investir na agricultura familiar e outros projetos que visam manter o homem do campo no seu lar o êxodo rural seria uma catrástrofe para o campo e para as grandes cidades que "incham" com o crescimento de suas periférias. Para o jovem ainda não há muito o que o incentive a viver e sobreviver no sítio. Além da falta de lazer e trabalho, não há nenhum investimento em educação especifica pra quem cuida da terra. Uma das maiores perdas para o agricultor foi o algodão que foi dizimado por uma praga que pôs fim a uma era de grandes safras de um algodão de otima qualidade que competia no mercado mundial. Agora é a vez do agricultor e criador ter mais uma grande perda: a palma, que vem sendo destruída pela colchonilha do carmim...


A perda da palma afeta de modo geral a vida do homem do campo, uma das mudanças mais visíveis foi a substituição do carro de boi pela charrete, pra se criar uma junta de bois você precisa de palma e outros pastos, já um jumento come qualquer coisa até casca de pau. Uma nova variação da palma já está sendo plantada pra tentar repôr essa grande perda para o caririzeiro, que tenta adapta-se plantando outras variações de pastagem. Nesse meio tempo tá a algaroba que foi plantada de início em algumas fazendas mas hoje ocupa grandes faixas de terra e acaba com os solos tornando-os estéreis e dê uma doença nos animais chamada língua de pau. Mesmo fornecendo madeira pra carvão e as vagens pros animais será a perda da nossa mata nativa pra monocultura da algaroba e posteriormente a desertificação do solo.
Eu que nasci e criei-me no sítio sempre volto lá pra recarregar as minhas energias e inspirações. Torço pra que o governo petistas que é sempre voltado ao social e que tanto tem ajudado o povo menos beneficiado das cidades também começe a lembra-se da zona rural.

O nosso solo é riquissimo e a prova disso é que em poucos dias após umas chuvas tudo já está verde e até os rebanhos começam a se recuperar.

A vaquinha que estava só o couro e osso já começa a dar um leitinho pra se fazer um queijo, uma manteiga de garrafa e comer xerem com leite é claro.












As ovelhas já começam a procurar babugem e os criadores agora estão mais confiantes nas chuvas pro próximo ano.








A região do Cariri tem mostrado um grande desenvolvimento nos últimos anos e muita gente tem deixado de viajar e ter esperanças em viver por aqui, agora jovens podem sonhar mais alto com a possibilidade de fazer uma faculdade ou curso técnico federal, alternativas que há poucos anos eram bem remotas. As obras da transposição estão bem próximas a Monteiro e isso também aguça a esperança de um futuro melhor para essa região.
Quero muito ver o jovem daqui fazer a cidade e o campo crescerem e a mão de obra nossa permanecer aqui e tembém termos mão de obra especializada pra não sermos apenas burros de carga pra patrões e chefes de indústria começem a enxergar aqui um novo eldorado.
Quando vejo Paulo César, um jovem do sítio Pitombeira cursando a UEPB fico muito feliz que haja essa possibilidade.

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